Educação Especial durante a pandemia

Diante do contexto de pandemia de Covid-19 e de restrições de contato pelo distanciamento social, surgiu a necessidade da continuidade do ensino e da manutenção do vínculo criança/estudante/escola, demandando novos desafios para professores e pais. Considerando o público-alvo da Educação Especial, a Secretaria Municipal de Educação, Esporte e Lazer de Bom Jesus do Itabapoana entende que não se trata apenas de levar o ensino até a casa das crianças/estudantes, mas sim, desenvolver formas efetivas de atingi-los em suas especificidades. Logo, a implementação de estratégias de ensino, manejo comportamental e auxílio às famílias na atenuação dos impactos deste momento em suas vidas são de fundamental importância.

No Sistema Municipal de Ensino de Bom Jesus do Itabapoana, no início deste ano letivo, foi mapeada a urgente necessidade de manutenção de vínculo com a família dos educandos com transtorno e ou deficiência, elaborar situações de aprendizagem e de desenvolvimento a partir das possibilidades da família e de sua rotina e possibilitar a continuação de eliminação de barreiras em parceria com o ensino regular.

Desta forma, realizamos os seguintes movimentos: – Conversa com as famílias para ajustar a periodicidade das propostas e conhecer a rotina familiar no período de distanciamento social; – Planejamento de propostas possíveis, considerando a realidade da família e do aluno(a); – Disponibilização de material específico para as propostas quando necessário; – Manutenção de contato com as famílias para acompanhamento do ensino remoto do AEE semanalmente ou quinzenalmente.

Adaptações curriculares: Os professores do AEE, em articulação com o professor do ensino regular e a equipe pedagógica da escola e as psicopedagogas do NAEE (Núcleo de Atendimento Educacional Especializado), ficaram responsáveis pelas adequações das atividades e dos materiais das crianças/estudantes público-alvo da Educação Especial.

Na adaptação da atividade foram considerados: – O Plano de Atendimento Individual e/ou Estudo de Caso; – O grau de autonomia para execução da atividade, com a possível mediação dos familiares; – O recurso educacional especializado necessário para a execução da tarefa em casa.

Os melhores caminhos são aqueles que são construídos juntos, levando em conta as emoções e os sentimentos também dos pais. É importante ressaltar que cada família é única, portanto, não existem receitas prontas. É um processo que a família tem papel ativo, que pensa junto e deve estar disposta a mudar em virtude do bem estar de todos. Afinal, a saúde emocional dos pais influencia diretamente na saúde emocional dos filhos.

Nesse momento de pandemia, onde há uma história de isolamento social, suspensão de aulas presenciais e uma ruptura na rotina de vida das crianças/estudantes, da família e da escola, as decisões não podem ser definitivas. Precisam ser avaliadas e revistas a todo momento, pois estamos vivendo um momento de excepcionalidade. A Divisão da Educação Especial da Secretaria Municipal de Educação, Esporte e Lazer coloca-se à disposição orientações quanto a condutas e adequações, bem como intervenções pontuais em casos específicos, conforme a necessidade, no intuito de somar esforços aos demais profissionais envolvidos com o público-alvo da Educação Especial e suas famílias, contribuindo, assim, para a manutenção dos vínculos e da saúde de todos.

Veja nas fotos algumas das atividades e instrumentos de ensino elaborados pelas psicopedagogas do NAEE, Eliane Gomes de Souza Santos e Regina Célia Batista de Oliveira, pelas educadoras Cilene Teixeira Borges, Ana Amélia Vieira Nazareth, Márcia Lúcia de Oliveira Costa e Raquel Borges de Souza Silva

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